sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

TERAPIA MIOFASCIAL

Dr. Adriano Borges Amaral
Fisioterapia e Reabilitação

Terapia Miofascial

A Terapia Miofascial consiste no tratamento passivo, através de terapia manual que tem como objetivo inibir os prejuízos funcionais, os espasmos musculares reflexos e, conseqüentemente, tirando a dor. 


A palavra fáscia no singular não representa uma entidade fisiológica, mas um conjunto membranoso, muito extenso, no qual tudo está ligado, em continuidade, uma unidade funcional. Este conjunto de tecidos que constitui uma peça única trouxe a noção de globalidade, sobre a qual se apóiam todas as técnicas modernas de terapia manual. Seu principal corolário, base de todas essas técnicas é que o menor tencionamento, seja ativo ou passivo, repercute sobre o conjunto. Todas as peças anatômicas podem dessa forma, ser consideradas mecanicamente solidárias entre si, em todos os pontos da fisiologia.
 

As fáscias musculares normalmente são acometidas devido à formação de pontos gatilhos, que são estruturas de maior tensão ao longo do ventre muscular, ocorrem por estresse constante na musculatura.
 
Os pontos gatilhos são nódulos dolorosos no tecido muscular degenerado, a dor referida pode ser evocada por estímulos mecânicos. Pode manter-se assintomáticos até que a movimentação ou a pressão provoque dor intensa ou espasmo muscular. Desenvolve-se geralmente após espasmo ou tensão muscular prolongada ou como seqüela de traumatismos agudos ou por micro traumatismos crônicos tais como os gerados por contração muscular e movimentos inadequados. Parecem constituir entidade clínica específica.
 

Histologicamente, consistem da degeneração ou destruição de fibras musculares.
 

A ocorrência de ciclos viciosos é a justificativa para o seu desenvolvimento. A redução de mitocôndrias muscular é tradução desse estresse metabólico que pode estar relacionado com a hiper atividade muscular nos PG ( pontos-gatilho ou trigger points).


A Terapia Miofascial é um método de cinesioterapia passiva, que através da terapia manual, tem o objetivo da inibir os prejuízos funcionais.
 
A presença de pontos-gatilho ativos caracteriza a síndrome dolorosa miofascial, que é uma afecção álgica do aparelho locomotor que acomete músculos, tendões, fáscias e ligamentos. Caracteriza-se pela ocorrência de dor e pelo aumento de tensão dos músculos afetados. Fadiga e isquemia muscular localizada, devido à contração estática, constante repetição de movimento, posturas inadequadas, estresses emocionais, parecem estar envolvidas com sua gênese. A síndrome dolorosa miofascial também pode estar associada ou ser secundária a outras afecções músculo-esqueléticas, metabólicas como a diabete melitus e hipotireoidismo, inflamatórias e/ou infecciosas. 

Os músculos cervicais, escapulares e do membro superior, como os extensores e flexores de punho e dedos, além dos intrínsecos e lumbricais da mão, freqüentemente são afetados. A síndrome dolorosa miofascial está presente em grande parte dos casos de LER/DORT, dores na coluna vertebral, cintura escapular e pélvica, além dos membros, pois quando há tendinite e/ou neuropatia periférica e/ou artropatias, há contração muscular reflexa, ocasionando o ciclo vicioso dor-espasmo-dor, além da fraqueza e fadiga da musculatura regional e a distância.
 

Freqüentemente, as lesões ligamentares e a inflamação induzem à formação de pontos-gatilho e de dolorimento nos músculos adjacentes, que se tornam a causa imediata da dor. O tratamento direcionado para a dor muscular não visa a etiologia da dor e, portanto, permite a recorrência dos pontos-gatilho e pontos de dor. O tratamento da doença de base como a bursite, e o da irritação (sensibilização) espinal segmentar (raiz nervosa), freqüentemente associada é necessário em associação ao tratamento do ponto-gatilho.
 

Por esta terapia inibir os estímulos de dor, teremos um paciente preparado para receber outras terapias e manobras como: RPG, Cinesioterapia pouco mais agressiva entre outros.
 
A terapia miofascial é aplicada, na grande maioria, em pacientes com dor crônica. Isso ocorre devido ao fato do paciente só dirigir-se ao consultório para tratar a dor, após tentativas medicamentosas e até exercícios terapêuticos que não teve o resultado esperado pois há uma grande estimulação.
 

O tempo de tratamento varia muito de acordo com o tipo de dor do paciente (aguda ou crônica), e de quais mecanismos de compensação foram desencadeados devido um processo inicial de dor. Por exemplo: uma pessoa com lombalgia, que sente muita dor nessa área, vai compensar em outro local, que por sua vez também vai ter estimulação do ponto gatilho desta área causando dor. A terapia vai agir exatamente nestes pontos de dor, inibindo-os.
 

Agora, se por sua vez, um paciente indicar terapia com dor aguda os resultados são obtidos apenas em uma ou duas seções. Isso é explicável, pois uma pessoa com dor aguda não desencadeou mecanismos de compensação, facilitando o tratamento. Num tratamento crônico o período de terapia já varia de meses há anos, mas sempre ótimos resultados são alcançados.
 

Podemos concluir a Terapia Miofascial, como um método que realiza técnicas já conhecidas, tendo a diferença de ser realizada simultaneamente e não deixando de respeitar os limites de expansibilidade dos tecidos.

OUTRA PESQUISA:    TERAPIA MANIPULATIVA - PARA DORES POSTURAIS
Imagine uma espécie de rede formada por uma película branca, semelhante à que encontra numa peça de carne, que envolve, separa, suporta, liga e protege todas as estruturas do seu corpo. 

Assim é fáscia, uma bainha de tecido conjuntivo fibroso que atua como uma peça única, desde o crânio até às plantas dos pés. A fáscia dá forma ao corpo, transmitindo tensões, sustentando músculos e órgãos, interrelacionando-os.

«É o nosso órgão sensorial mais rico, cheio de terminações nervosas, todas elas transmitindo informações precisas ao cérebro», revela Diogo Neves, osteopata habituado a lidar com este tipo de casos.

Os princípios desta terapia

Pressões diárias, posturas incorretas, choques emocionais, stress, traumatismos, cirurgias e respostas inflamatórias do organismo provocam tensão ao nível da fáscia. Estando diretamente ligado a órgãos e vísceras, este tecido vai afetar todos os sistemas, resultando no mau funcionamento das estruturas e provocando dor. 
Segundo esta terapia, criada pela bioquímica Ida Rolf, nos anos 20, qualquer tensão aplicada numa área do corpo reflete-se na totalidade da rede fascial. Partindo destes princípios, a terapia miofascial implica a leitura do padrão postural do indivíduo e de eventuais movimentos padrão – dobrar, inclinar para ambos os lados e até respirar – com o objetivo de reajustar os tecidos.

O que acontece durante o tratamento
O terapeuta começa por, explica Diogo Neves, «ouvir as queixas do paciente e apurar dados relevantes para o tratamento (profissão, hobbies, desportos praticados) para, depois passar ao bodyreading» (leitura do corpo). Avaliar o padrão postural permite relacionar as assimetrias com as queixas e as estruturas ou seja, a muscular e fascial.
«A partir daí, o terapeuta utiliza técnicas manuais para eliminar espasmos e tensões musculares que provoquem desequilíbrios, deixando depois o corpo assimilar a nova informação e readaptar-se», descreve o osteopata. Na sua essência, esta terapia envolve a aplicação de pressões suaves e estratégicas, que atuam no tecido conectivo, sem recurso a cremes ou aparelhos.

Áreas de atuação

Dor crônica, dores de cabeça, problemas de coluna, como escoliose, hiperlordose, hipercifoses, estão entre os casos que mais podem beneficiar deste tipo de abordagem terapêutica. Os problemas posturais acabam por influenciar toda a dinâmica da fáscia, podendo vir a implicar compressão de nervos e da parte vascular.
 
Como exemplifica Diogo Neves, «uma pessoa que passe muito tempo ao computador e se queixe de dores de cabeça, beneficia muito deste tipo de terapia, uma vez que um músculo pode ser, e muitas vezes é mesmo, a causa do problema. Alguém com estas características tem um padrão postural típico, apresentando a cabeça numa posição mais anterior do que o que seria desejável».
Quantas sessões são necessárias?

O número de sessões é  variável e depende do problema, mas é possível observar resultados logo a partir do primeiro tratamento. Como conta Diogo Neves, «o objetivo do paciente pode ser unicamente eliminar os espasmos musculares e consequente dor de cabeça, como pode estar em causa uma situação em que o que se pretende é melhorar a postura, o que leva à necessidade de  realizar mais sessões e de começar a atuar desde os arcos plantares  localizados nos pés». Acrescente-se que 30 € é o valor da primeira  sessão, sendo que as seguintes custam 25 €.
Casos em que a terapia miofascial está contraindicada:

- Pessoas com cortes, feridas, fraturas ou erupções cutâneas.

- Doentes com neoplasias, aterosclerose, lúpus (fase aguda), artrite reumatoide (fase inflamatória) ou diabetes.

- Indivíduos com osteoporose ou sujeitos a tratamentos com cortisona.

- Grávidas.

O testemunho de quem experimentou
Aos  41 anos e consciente da forma como o excesso de peso afetava a sua  saúde, João Rebelo decidiu começar a correr. O bem-estar que esta  atividade lhe proporcionou levou-o, posteriormente, a participar em  corridas mais longas, de 10, 12, 14 quilômetros. Numa dessas maratonas  lesionou-se no pé direito, tendo-lhe sido diagnosticada pelo ortopedista uma fascite plantar.

Foi então aconselhado a recorrer à terapia miofascial. Graças a um tratamento intensivo de dois meses conseguiu
 controlar a sua lesão dolorosa. Hoje, para continuar a correr, faz pontualmente sessões para prevenir possíveis lesões e recuperar após as  corridas. «A terapia miofascial permite-me levar uma vida normal, sem  dores e fazer as minhas corridas com segurança», diz João Rebelo.

Onde fazer
Para mais informações visite o site
 www.diogopneves.wordpress.com ou ligue para o 964 562 533.

Texto:
 Madalena Alçada Baptista com Diogo Neves (osteopata)

QUEM É RHONDA KOTARINOS?

QUEM É RHONDA KOTARINOS?

Myofascial Pelvic Pain   by Rhonda Kotarinos


O movimento de estudo sobre  dor na bexiga, próstata e pelve tem uma tremenda dívida de gratidão com a fisioterapeuta Rhonda Kotarinos que, no início dos anos 1990, foi a primeira fisioterapeuta nos EUA a explorar o papel da  disfunção do assoalho pélvico em pacientes com dor. Seus estudos iniciais  demonstraram que o tratamento de pontos de gatilho dolorosos na musculatura do assoalho pélvico com liberação em terapia miofascial melhorou tanto a função muscular quanto a  dor pélvica. Vinte e dois anos depois, ela continua a defender a avaliação muscular de pontos-gatilho  e tratamento adequado para  disfunção na pelve.

"Indivíduos que frequentemente experimentam mais stress e ansiedade têm uma predisposição aumentada de desenvolver pontos-de-disparo, que podem levar à síndrome de dor miofascial"
Rhonda Kotarinos

Em seu mais recente artigo "Dor pélvica miofascial:  Fundamentação e Tratamento", ela compartilha o que se sabe hoje sobre pontos-gatilho, suas causas potenciais e fatores de risco e como eles são tratados. 

É um excelente recurso para compartilhar com os clínicos que, muitas vezes, subestimam ou ignoram o papel potencial da musculatura do assoalho pélvico na dor pélvica.
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Mais comumente conhecido como um músculo-nó, um "ponto-gatilho é uma área hiper irritada dentro esqueleto muscular que está associado com um nódulo palpável e  hipersensível como um botão tenso que, quando provocado, produz dor, " compartilha Ms. Kotarinos. 

A contração deste músculo estendido comprime vasos de sangue e reduz o fluxo sanguíneo para o tecidos circundantes. Produzido por músculos durante o trabalho (isto é, na contração), o ácido láctico, em seguida, torna-se preso no músculo que provoca uma variedade de mediadores inflamatórios.
As causas comuns incluem uso repetitivo e excessivo do músculo, sobrecarga muscular repetitiva e  trauma menor muscular .
Uma carreira profissional com acesso limitado a um local de repouso e/ou banheiro ( ex. professores, médicos, trabalhadores da linha de montagem, motoristas, etc.) pode provocar tensão muscular ( segurar a vontade de urinar ou dor ) de  alguém por longos períodos de tempo por contratação de seu assoalho pélvico. Os pacientes que lutam com dor podem apertar os músculos em um "reflexo de proteção."
A tosse, diarreia, constipação e até mesmo sexo poderia usar excessivamente os músculos e desencadear o desenvolvimento do ponto de dor. Eventos traumáticos , como parto, cirurgia pélvica e abuso sexual, podem desencadear disfunção muscular. Mesmo eventos menores, tais como andar de bicicleta, equitação, a utilização de brinquedos sexuais  e inserção de tampões, poderiam entrar na regra.
Infelizmente, uma vez presente, os pontos de disparo são facilmente ativados. A senhorita Kotarinos compartilha: "Indivíduos que freqüentemente experimentam mais estresse e ansiedade têm uma maior predisposição para desenvolver pontos de gatilho, que podem levar à síndrome dolorosa miofascial. "
Interessantemente, os estudos dos nervos  têm mostrado que estes pacientes podem apresentar "Um desequilíbrio entre os impulsos excitatório e  inibitórios na descendente do sistema do trato corticoespinhal " explicando porque o estresse emocional pode aumentar a sensação de dor.
Os pontos-gatilho no elevador do músculo do ânus  pode referir dor na vagina, no reto, bexiga, útero ou na   área do do cóccix.

Homens com dor na ponta, ou ao longo do eixo do pênis (e escroto) podem ter pontos de disparo no diafragma urogenital enquanto mulheres têm dor na entrada da uretra, no lábio e no períneo.

Os pontos-gatilho nos músculos fora da pelve (ex. a parede abdominal) também podem disparar desconforto na bexiga,
incluindo espasmo da bexiga, frequência urinária, retenção e incontinência.
Mulheres que lutam com a dor durante seus períodos podem ter pontos de gatilho no músculo do reto abdominal inferior.
Nós musculares abdominais têm também sido associados a sintomas de obstipação e diarreia.

Ms.  Kotarinos destaca que cicatrizes podem também tornar-se pontos de gatilho e, em um estudo, a gestão de uma cicatriz de apendicectomia  aumentou a capacidade da bexiga e aliviou a frequência e a urgência.

Os pontos-gatilho podem ser uma fonte persistente de dor localizada que  transita em uma região de síndrome de dor e, para alguns, uma sensibilização central.

O tratamento é centrado em torno da tratamento e da resolução do ponto-gatilho e restauração adequada do tônus muscular na área. Vários medicamentos podem também ser necessários para  aliviar a dor  tais como antinflamatórios não esteróides ou medicação em narcóticos

Antidepressivos e medicamentos neurolépticos podem ajudar com a dor crônica mesmo que não tenha sido encontrado o ponto-gatilho da dor . Relaxantes musculares podem ser  úteis. Única ou múltiplas injeções de Botox para dor pélvica miofascial  têm resultados modestos em estudos de investigação. Os pontos-gatilho podem também ser tratados de forma agressiva com injeção ou agulhamento seco.

Talvez a razão mais atraente para examinar e tratar a disfunção do assoalho pélvico sejam os dois ensaios clínicos que descobriram que a terapia física manual apresentou o maior sucesso na resolução dos sintomas de todas as terapias já testadas para dor pélvica urológica crônica (cistite intersticial, prostatite crônica).

Ela superou todas as terapias.
Sobre: Rhonda Kotarinos...

DOR MIOFASCIAL : LEIAM!

DOR MIOFASCIAL

EXPLICADA A DOR DOS PONTOS DE DISPAROS ( TRIGGER POINTS) PÉLVICOS ( tradução do inglês)

Se você tiver dor pélvica, chances há de que você tenha pontos de gatilho em algum lugar no interior ou adjacente a seus músculos do assoalho pélvico.
De fato, pontos de gatilho (trigger points) são um fator-chave em muitas síndromes de dor pélvica. Por essa razão, eu estou dedicando o post desta semana para eles. Vou começar com uma explicação geral do que eles são. Então, eu vou explorar o papel que desempenham nas síndromes de dor pélvica. E, finalmente, eu vou encerrar com uma discussão de pontos-gatilho da dor pélvicas como são diagnosticados e tratados.

O problema com pontos do disparador

Um músculo é constituído por numerosas fibras. Um ponto de disparo é um pequeno remendo tenso das fibras musculares involuntariamente contraídos dentro de uma fáscia muscular ou músculo. As fibras firmemente contraídas que formam um ponto de gatilho criam o efeito de sangue para o tecido nas proximidades, que por sua vez deixa a  área comprimida bastante irritada.
Além da dor local que causam, muitas vezes os pontos-gatilho da dor refletem em outros lugares. Em cima disso, eles podem puxar tendões e ligamentos associados com o músculo em que estão, e podem até causar dor profunda dentro de uma articulação onde não existem músculos.
Uma vez que os pontos-gatilho fazem em um mapa médico, torna-se óbvio que um punhado de diferentes tipos existiram. Por exemplo, existem pontos-gatilho ativos, que como o próprio nome sugere, causam ativamente dor e outros sintomas. Há pontos de gatilho latentes, que são latentes, mas têm o potencial para causar problemas. E há pontos de gatilho satélites, que podem surgir na zona de indicação de outro ponto de disparo. Por exemplo, um ponto de partida no músculo elevador do ânus pode causar um ponto de disparo para ocorrer no abdômen.
Assim, não só pode provocar pontos que referem  a sua dor para outras regiões, eles podem realmente causar outros novos pontos de gatilho que surgem em outros lugares. É por isso  importante que tenham em mente que os pontos-gatilho podem ser muito enganadores, e quando se lida com eles pode ser  um erro assumir, para sempre, que o problema é onde a dor está.
Por exemplo, em mulheres, desencadear pontos no músculo obturador interno dopavimento pélvico pode se referir a dor / irritabilidade na uretra. Então diz Jane Doe possui um ponto de gatilho ativo em seu obturador interno. Como resultado, Jane começa a sentir ardor uretral e urgência. Então, ela visita seu médico acreditando que  tem uma infecção do trato urinário. Mas uma bateria de testes mostra que não há nada de errado com o aparelho urinário de Jane. O médico de Jane diz a ela que está tudo bem. Mas Jane fica frustrada porque nem tudo está bem. Ela está com dor e se sente como se sempre tivesse que urinar.
O que tanto o médico como Jane estão esquecendo é que a causa de seus sintomas urinários é um remendo de fibras musculares contraídas em um músculo pequeno, fora do caminho, no assoalho pélvico de Jane.
Este é um cenário frustrantemente comum. Na verdade, praticamente todo mundo vai lidar com pontos de gatilho em algum momento de suas vidas. Se você tiver dor persistente, sensação de aperto ou restrição muscular, as chances são que você tenha pontos de gatilho. Além disso, pontos de gatilho estão na raiz de muitos males que você não esperaria tais como tonturas, náuseas, dor de dente, síndrome das pernas inquietas, períodos dolorosos, e síndrome do intestino irritável. No entanto, muitas vezes, problemas causados por pontos de gatilho são diagnosticadas como artrite, tendinite, bursite, ou lesão ligamentar.
A boa notícia é que avanços estão sendo feitos, novas pesquisas sobre pontos-gatilho estão a ser realizadas, e a comunidade médica está cada vez mais começando a reconhecê-los como causas da dor. Mais uma boa notícia é que,mesmo que haja alguns 620 pontos-gatilho possíveis no músculo humano, eles aparecem em praticamente nos mesmos lugares em todo mundo. Então, mapas de pontos de gatilho fazem existir com completos padrões de referência, e que vão para o assoalho pélvico também.
Pontos de gatilho e do Assoalho Pélvico
Agora vamos chegar à principal razão que você está lendo este blog sobre pontos-gatilho: sua relação com o assoalho pélvico.
Os pontos-gatilho desempenham um papel na grande maioria dos síndromes de dor pélvica. De fato, em alguns casos, eles são os únicos culpados.
Por exemplo, recentemente tive um paciente do sexo masculino, vamos chamá-lo de Ben, que tinha pontos de gatilho em seu reto abdominal por fazer muitos movimentos de sentar ao longo de um período de anos. Seus principais queixas foram: dor abdominal inferior e dor peniana. Após cerca de oito meses de trabalho para liberar esses pontos de gatilho, Ben está agora livre de sintomas.
No entanto, embora seja possível que pontos de gatilho sejam a única causa de dor pélvica,  é muito mais comum para eles ser apenas um componente em um problema de multicamadas.
Por exemplo, um outro paciente meu, Lori, teve pontos de gatilho em seu bulbospongiosus (ponto dentro do bulbo do pênis ou do clitóris), no obturador interno, e nos músculos piriformes. No entanto, para além destes pontos de gatilho, ela teve disfunção do tecido conjuntivo, um global hipertônica (ou apertado) do assoalho pélvico, e urgência e frequência urinária.

No caso de Lori, sua dor começou depois de uma infecção do trato urinário seguida por uma infecção teimosa. A dor das infecções deu início a um chamada "proteção" como um reflexo dentro de seu assoalho pélvico. ( Proteção ou vigilância  ocorre quando os músculos se contraem de forma rígida em torno de uma área dolorosa para protegê-la de danos maiores. Mas, guardando pode criar mais danos porque restringe o fluxo de sangue, que por sua vez provoca mais dor e mais proteção.)
Com Lori, é impossível saber exatamente o papel desempenhado pelos pontos-gatilho na criação de seu ciclo de dor. Um reflexo de vigilância em curso em si é suficiente para sobrecarregar os músculos do assoalho pélvico e causar o desenvolvimento de pontos-gatilho. Mas o aperto muscular global que se segue à guarda também poderia ter lhe causado desenvolvimento, para não mencionar o novo hábito de segurar a bexiga por causa dos problemas de urgência / frequência de Lori.
Além de uma situação de esforço repetitivo como o uso excessivo de Ben ou a dor de infecção e a vigilância e proteção de Lori, pontos de gatilho no assoalho pélvico podem ser desenvolvidos por uma série de razões diferentes. Por exemplo, um trauma local pode fazê-los surgir, tais como tratamentos de infertilidade, ultra-som retal / vaginal, uma colonoscopia, uma queda cóccix, abscesso de Bartholin, ou parto. Estressores mecânicos e físicos, como um choque no quadril ou endometriose, também podem causar o desenvolvimento de pontos-gatilho.
Seja qual for a razão para o seu desenvolvimento, pontos de gatilho são famosos por complicar situações já dolorosas, e em muitos casos, eles ficam por muito tempo depois que o problema original apura-se.
Diagnóstico do Ponto de Gatilho e Tratamento
Fisioterapeutas do tratamento da dor pélvica devem saber como identificar e tratar os pontos-gatilho no assoalho pélvico e músculos da cintura pélvica. Além disso, ele ou ela deve estar bem informado sobre as regiões mapeadas para fora onde os pontos-gatilho geralmente ocorrem dentro do assoalho pélvico, bem como as dezenas de padrões de referência.
Por exemplo, pontos de gatilho no músculo piriforme pode se refletir com a dor nas costas da perna ou no quadril ou um ponto de gatilho no músculo elevador do ânus pode criar a sensação de ter uma bola de golfe no reto. Tendo esse nível de conhecimento é uma parte importante  colocar as peças do quebra-cabeça de sintomas de dor pélvica de um paciente em conjunto e formar um plano de tratamento adequado.
Quando se trata de diagnosticar e tratar pontos-gatilho, é importante que a PT avalie todos os músculos e fáscias do músculo, tanto internos como externos a partir do umbigo até os joelhos, frente e verso.
Liz faz um ótimo trabalho de explicar o que acontece quando ela encontra um ponto de disparo, por isso estou indo para  ela adiar aqui. Leve embora Liz.   ????
"Ao ir perpendicular ao longo da direção do músculo, quando você se deparar com um ponto de gatilho, você vai sentir uma mudança muito perceptível. Para mim, ela é percebida como uma espécie de lentilha. Além disso, quando eu encontrar um ponto de gatilho, eu sempre obtenho uma reação de meu paciente, por isso estou sempre em sintonia com ele ou ela para o feedback. "
Além disso, por vezes, uma contração muscular pode ser sentida quando um ponto de gatilho é comprimido, e às vezes  aquela resposta contraída levará  todo músculo a contrair. Por fim, o ponto de disparo( trigger point) pode ser sentido  mais quente ao toque do que a área em torno dele.
Um punhado de estratégias existem para o tratamento de pontos de gatilho, incluindo:
·         técnicas de liberação manual: Uma boa PT tem um punhado de técnicas de liberação de ponto gatilho em sua caixa de ferramentas.
·         agulhamento seco: Quase todos os estados, mas não todos, permitem que PTs administrem agulhamento seco ( estímulo intramuscular). Na Califórnia, onde nós praticamos, não. (como agulhas de acupuntura)
·         injeções nos pontos de gatilho: Estas são administrados por médicos e normalmente contém anestésicos; no entanto, é a injeção real que vai liberar com sucesso o ponto-gatilho, não o anestésico. O anestésico é simplesmente a bordo para acalmar e adormecer o tecido.
Espero ter respondido todas as suas perguntas sobre pontos-gatilho da dor pélvica neste post! Se não, por favor, não hesite em pedir quaisquer perguntas adicionais que você possa ter na seção de comentários abaixo ou e-mail me atblog@pelvicpainrehab.com.
Se você gostaria de fazer mais alguma leitura em pontos de gatilho, abaixo estão alguns recursos que eu recomendo:
Artigos:
"Pontos Síndromes da Dor Miofascial-Trigger" por David Simons e Jan Domerholt, Journal of Dor Musculoesquelética, Vol. 13 (1) 2005
 "Dor Pélvica Miofascial" por Rhonda Kotarinos
"Pontos-gatilho miofasciais e Síndromes da Dor Miofascial: Uma revisão crítica da literatura recente", de David Simons e Jan Domerholt
Livros:
O Manual Trigger Point pelos Drs. David Simons e Janet Travell
Pontos miofascial gatilho: Fisiopatologia e baseadas em evidências Diagnóstico e Gestão de Jan e Peter Huijbregts Domerholt

Todo o meu melhor,  Stefani